A proposta privilegiou o uso funcional dos espaços livres do terreno, criando patamares planos que pudessem acomodar as áreas de uso e de circulação, bem como a vegetação, na expectativa de conseguir dar uma sensação de amplitude para a residência, dando uso ativo a todos os espaços disponíveis. Tal partido paisagístico deverá valorizar os elementos construídos, em especial nas áreas de estar da família, além de facilitar o desenvolvimento e a conservação dos jardins, contando com um efeito ornamental diferenciado.

Dessa maneira, na porção frontal da propriedade, se procurou organizar o acesso de pedestres a partir da criação de planos horizontais e o mínimo de escadas, sempre invisíveis aos observadores externos. Tais intervenções paisagísticas, contando com a criação de muros de arrimo e contenção de diversas alturas, privilegia o acesso à residência e a valorização das vistas do jardim em cada nível além de valorizar a arquitetura da edificação. Procurou-se dar à fachada a sensação visual de estar flutuando acima do terreno, desejo dos clientes, almejado e conseguido com as intervenções construídas, adequações de cotas/planos e com a vegetação escolhida para a fachada.

O espaço frontal da residência, junto à rua, conta com um banco de descanso engastado no muro de pedra que promove a contenção do patamar superior do jardim, permitindo a permanência confortável no ambiente das jabuticabeiras. Cada um dos patamares contempla um grupo vegetal específico, para dar dinamismo e diferenciação estética ao longo do caminho até a porta principal da residência.

Nas laterais do terreno a vegetação têm por objetivo criar visuais bastante tropicais, que permitam a colheita de folhas e flores para arranjos decorativos, sem prejuízo de suas funções de isolamento visual. Na região dos fundos, que configura as partes mais altas do terreno, estão dispostas as árvores e arbustos frutíferos, criando um pomar adensado, que visualmente terá a função